Nutricionista (ON0047N), Médica, Especialista Imuno-hemoterapia (OM55311). Com Doutoramento em Nutrição, Oncologia e Metabolismo e competências tanto em Nutrição Clínica pela ESPEN (European Society for Clinical Nutrition and Metabolism) como em Investigação Clínica pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Desenvolve atividade clínica em nutrição clínica, metabolismo, oncologia, imunohemoterapia, medicina clínica. Na Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa, ocupa os cargos de: Professora de Medicina, Nutrição e Investigação Científica, Membro do Conselho Científico, Professor bibliotecário, Membro da Coordenação do Programa de Mestrado, Membro do Conselho Científico e de Instalação do Programa Doutoral. É Diretora do Programa Internacional de Pós-Graduação “Nutrição e Metabolismo em Oncologia” e Team Leader e Investigador Principal no Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde da UCP e CatolicaMed Platfform. É também Professora Associada de Bioquímica Fisiológica no Instituto Universitário Egas Moniz (IUEM) e Investigadora Principal do Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz (CiiEM), Instituto Universitário Egas Moniz (IUEM). É Membro da Faculty da ESPEN e da Comissão das ESPEN Guidelines. É autora e coautora de mais de 70 artigos científicos originais publicados revistas de revisão por pares.
Sessões em que participa:
Dia 18 de Novembro às 12h00
Evidência sobre a relação do consumo de carnes vermelhas e processadas
A alimentação é fundamental na promoção da saúde e prevenção da doença. É fundamental para a prevenção da doença e para a prevenção da sua recidiva. Recomendações internacionais são consensuais quanto à manutenção de bons hábitos de vida, nomeadamente manter adequado peso corporal, manter-se fisicamente ativo e ter uma alimentação equilibrada. Estas estratégias têm como objetivo a melhorar a qualidade de vida e evitar a doença. Segundo as recomendações do World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research, para prevenção da doença oncológica, é recomendado:
- Manter um peso saudável e adequado, evitar ganho de peso. Vigiar o peso de forma a registar perdas ponderais involuntárias. O excesso de peso está associado a maior incidência de cancro e outras patologias cardiovasculares.
- Preferir uma dieta rica em cereais completos com fibra, rica em vegetais, frutos e leguminosas;
- Limitar ou não consumir alimentos processados, fast food, ricos em gordura e açucares simples;
- Limitar o consumo de carnes processadas, fumadas e salgadas;
- Limitar o consumo de bebidas açucaradas e refrigerantes;
- Limitar o consumo de álcool;
- Ser fisicamente ativo ao praticar exercício físico de intensidade moderada (150 min/sem) ou alta (75 min/sem);
- Não fazer toma de suplementos vitamínicos ou minerais sem prescrição médica precisa, são mais outras recomendações.
A alimentação deve ser reforçada em:
- Cereais integrais, vegetais, fruta e leguminosas: ≈ 5 porções por dia (>400 g/dia);
- Frutos secos oleaginosos;
- 30 g/dia de fibra.
Globalmente, alimentos a evitar ou reduzir a ingestão, incluem:
- Alimentos ultra processados e do tipo “fast food” com elevada densidade calórica e excesso de gordura, sal e açúcar.
- Carnes vermelhas e carnes processadas como salsichas e enchidos a 350-500 mg/semana.
- Bebidas açucaradas e alcoólicas. Substituir por água e bebidas não açucaradas.
Os doentes oncológicos beneficiam de uma avaliação nutricional integrada, logo após o diagnóstico e um seguimento contínuo ao longo da sua doença oncológica, de maneira a definir uma intervenção nutricional personalizada às suas necessidades. Esta tem maior benefício quando introduzida em sinergia com outras estratégias em intervenção multimodal.
