Comité Científico
Nutricionista (3726N), licenciada em Ciências da Nutrição pela Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP) e mestre em Tecnologia e Ciência Alimentar pela Universidade do Minho e Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Exerce a atividade em nutrição clínica no Núcleo de Saúde e Bem-Estar dos Serviços de Ação Social da Universidade do Porto, e em contexto de clínica privada. Formadora na área da alimentação vegetariana nos cursos de educação contínua da FCNAUP, e na Academia Clínica Espregueira.
Sessões em que participa:
Dia 18 de Novembro às 10h00 – Sala de Workshops
Défice de ferro e anemia – qual a prevalência nos padrões alimentares vegetarianos?
A necessidade do ferro numa multitude de processos biológicos enfatiza a sua importância, e a necessidade de um fornecimento adequado através da dieta. É conhecido que uma dieta vegetariana pode assegurar uma ingestão suficiente de ferro face às necessidades nutricionais, se incluir alimentos como cereais na sua versão integral, leguminosas, frutos, oleaginosos, sementes, hortaliças, entre outros. A absorção de ferro é principalmente regulada pelo estado das reservas no organismo, mas também por fatores dietéticos. Ou seja, na dieta vegetariana, é importante atentar à quantidade de ferro da dieta, mas também à presença de componentes alimentares que poderão potenciar ou impedir a sua absorção. Estudos transversais sugerem que os vegetarianos apresentam menores reservas de ferro (mas dentro de parâmetros normais), relativamente aos não-vegetarianos. Nesta sessão, será discutida a relevância deste achado em relação ao risco de desenvolvimento de anemia por défice de ferro, incluindo em condições que implicam necessidades nutricionais aumentadas, como na gravidez, ou na infância.
Dia 18 de Novembro às 17h00
Alimentação vegetariana e o impacto no crescimento e desenvolvimento infantil
A infância é um período único, caracterizado por necessidades fisiológicas em nutrientes elevadas, que exigem também uma alimentação de elevada qualidade nutricional, para a otimização do crescimento, desenvolvimento cognitivo e estado global de saúde. Estes hábitos alimentares precoces ganham ainda mais relevo quando consideramos também os efeitos a longo-prazo na saúde, e no risco futuro de desenvolvimento de doenças crónicas. Os padrões alimentares vegetarianos têm sido alvo de maior interesse nos últimos anos, mas, persiste alguma apreensão relativamente à sua utilização em idades precoces, e receio de que não suportem as exigências nutricionais. Pareceres da American Academy of Pediatrics, da Academy of Nutrition and Dietetics, e da própria Direção-Geral da Saúde, confirmam que os padrões alimentares vegetarianos são nutricionalmente apropriados em idade pediátrica, desde que bem planeados. No entanto, a crescente evidência científica sobre os efeitos na saúde e no desenvolvimento associados à adoção de padrões alimentares vegetarianos em crianças justifica a sua análise e exposição no presente congresso, tendo em vista o esclarecimento de profissionais de saúde e cuidadores.
Dia 18 de Novembro às 17h45 – Sala de Workshops