Comité Organizador
Nutricionista e membro efetivo da Ordem dos Nutricionistas desde 2014 (2098N), desde o início do seu percurso profissional que atua nas áreas do vegetarianismo, obesidade e nas doenças gastrointestinais. Com vasta experiência clínica e na saúde pública, fundou em 2021 a Nutrisciente®, empresa dedicada à consciência alimentar, nutrição clínica e formação, na qual é Diretora Clínica. Autora de vários trabalhos científicos nacionais e internacionais, tendo uma presença assídua em eventos científicos, tanto como participante como oradora. Atualmente está a desenvolver uma investigação pioneira em Portugal sobre a Dieta baixa em FODMAP, na qual é a investigadora principal, em parceria com três faculdades da Universidade do Porto (FCNAUP, FCUP e FFUP). Pertence, ainda, ao Diretório de Nutricionistas Certificados para a Dieta baixa em FODMAP da Monash University. Pode consultar mais informação em www.nutrisciente.com
Sessões em que participa:
Dia 18 de Novembro às 14h30
Síndrome do intestino irritável: evidência e prática clínica
A síndrome do intestino irritável (SII) é considerada um distúrbio funcional do intestino de causa multifatorial, com maior prevalência no sexo feminino e diagnóstico mais frequente antes dos 50 anos de idade. Os sintomas mais comuns da SII são: dor abdominal no baixo-ventre, alteração de hábitos intestinais, inchaço abdominal, flatulência excessiva e distensão abdominal.
Estes sintomas podem apresentar uma frequência maior ou menor, e a severidade dos mesmos varia de indivíduo para indivíduo, afetando negativamente a qualidade de vida do utente. A dieta baixa em hidratos de carbono fermentáveis, oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis (FODMAP) é uma dieta baixa em hidratos de carbono de cadeia curta, que tendem a agravar os sintomas de várias patologias digestivas, tais como a SII.
A maioria dos estudos realizados demonstra que a restrição de FODMAP melhora os sintomas funcionais gerais e a severidade dos mesmos em cerca de 70% dos pacientes com SII, assim como a sua qualidade de vida, comparativamente com a dieta ocidental e outras. Os FODMAP podem ser encontrados em vários alimentos, incluindo frutas, vegetais, cereais, leguminosas, oleaginosas, sementes, lacticínios e bebidas. Por existirem numa ampla variedade de alimentos a sua restrição deve ser monitorizada por um nutricionista certificado para esta dieta, já que numa primeira fase da mesma, o teor de prébióticos, sais minerais e vitaminas poderão estar limitados. Esta monitorização é ainda mais relevante em doentes com diabetes e vegetarianos, já que a restrição de alimentos com elevado teor de FODMAP deverá adequar-se às suas necessidades e estado nutricional.